"Deus nos dê forças para seguir"

"Nzambi a tu bane nguzu mu kukeiela!"

quinta-feira, 25 de março de 2010

KIJIBA

KIJIBA
(sacrifício)
Para o bantu, o sacrifício, como ato religioso, assume o lugar central do culto. A religião tradicional exprime-se, sobretudo, pelo sacrifício que, oferecido pelo sacerdote, manifesta o seu caráter familiar, comunitário. Todos os grupos praticam os sacrifícios e fazem oferendas. No sacrifício mata-se um animal para oferecer em parte ao mundo invisível (a outra parte serve de alimento normalmente), o sacrifício fica aceito porque os antepassados comem a força vital e deixam o envoltório para que os vivos celebrem a refeição ritual de comunhão. Para o Bantu, o sangue é o veículo primordial da vida. Assim, derramá-lo sacrificalmente significa ofertar o que há de mais valioso, comunicar-se por um veículo participável, e recuperar em troca uma vitalidade maior, suprir a exigência ou fervor pessoal e comunitário de se imolar, descarregar a culpabilidade, conseguir um favor, comungar o invisível.
Os animais sacrificados mais freqüentemente são o galo e a galinha, que têm lugar primordial na liturgia sacrifical bantu. As razões podem ser várias. A galinha está ao alcance de todas as pessoas, pululam nas aldeias sem que se preocupem pelo alimento. Além disso, como vítima de sacrifício, nenhum animal oferece tantas variações individuais.

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